sexta-feira, 29 de agosto de 2008

ANO DE 1956 / CENTENÁRIO DA MATRIZ DA VILA DA POVOAÇÃO

Celebrando neste ano a Igreja Matriz da Vila da Povoação os seus cem anos de existência (nova matriz), à qual todas as igrejas do concelho pertenciam, foram feitos longos e monumentais preparativos para tão grande acontecimento, tanto mais que, também nessa altura, ia ser feita a transferência da vida religiosa da velha matriz do largo da Praça Velha, para esta renovada igreja, depois de ter a mesma passado por demoradas transformações.

Cabia então aos párocos de cada uma das freguesias do concelho, criar algo que viesse engrandecer este acontecimento centenário.

Esta foi, realmente, a primeira grande experiência porque passou o Padre Antero, porque lhe coube criar o contributo do povo da sua paróquia como padre e como filho.

De um trabalho histórico então publicado, lemos esta passagem muito elucidativa:


"O POVO INTEIRO VEM À PARIA DESPEDIR O SEU S. PAULO!"


"Ao largo, uma 'esquadra' lindamente engalanada e embadeirada composta de 27 barcos, aguarda o embarque do seu padroeiro".


Para depois, no seguimento do acontecimento narrado em livro publicado:


"Agora, os barcos, ancorados no porto, aguardam a saída de S. Paulo, que embarca com o seu pároco. Todo o povo da Ribeira Quente está na praia".


Embora este acontecimento acerca do povo da Ribeira Quente seja extenso no livro então publicado, só se descrevem sucintamente estas passagens por as mesmas serem imprescindíveis e este trabalho.

Numa outra passagem:


"Furiosas girândolas de foguetes estrugem nos ares, ao tocar em terra a quilha do barco que conduz o Apóstolo".


Depois, no descrever do acontecimento, mais esta passagem:


"Vem no seu andor, feliz concepção do seminarista João Vieira Jerónimo, um minúsculo barco a que não faltam todos os apetrechos da pesca".


Se nos debruçarmos sobre estes dados ligeiramente apanhados do livro "A IGREJA MATRIZ DA POVOAÇÃO E O SEU PRIMEIRO CENTENÁRIO", publicado no ano de 1956, facilmente notamos que o porto de pesca da Ribeira Quente (só calhau e areia), possuía o maior número de barcos de pesca de boca aberta nos Açores (isto por povoadao); por essa razão a freguesia da Ribeira Quente só era conheciada por terra de pescadores.

Povo diferente, muito religioso e sentimental, embora nesse ano ainda bastante inculto. Como freguesia possuía a maior densidade populacional dos Açores, por quilómetro quadrado, devido à sua muito limitada área administrativa de apenas 9.88 Km 2.

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