quarta-feira, 13 de maio de 2009

CARACTERIZAÇÃO GEOLÓGICA

Geomorfologia
A ilha de São Miguel é constituída por oito regiões geomorfológicas distintas: • Maciço vulcânico das Sete Cidades; • Região dos Picos; • Maciço vulcânico de Água De Pau (Fogo); • Planalto da Achada das Furnas; • Vulcão das Furnas; • Vulcão da Povoação; • Região da Tronqueira e do Nordeste; • Plataforma Litoral do Norte.

Rede Hidrográfica
Uma parte da freguesia da Ribeira Quente sofre pela rede Hidrográfica existente, quando as condições climatéricas são extremas (Precipitação Elevada) que caracterizam a ilha de São Miguel no Inverno à ocorrência de cheias e derrocadas.


Geologia
A Freguesia da Ribeira Quente (Concelho da Povoação) na zona nordeste da costa sul é constituída por Andesitos e Andesitos Períodotíticos enquanto que na zona noroeste da costa sul é constituída por material Complexo Basáltico Nordeste. O material que abrange a maior parte da Freguesia é os Materiais Piroclásticos e Materiais de Projecção (Cor Salmão), enquanto que na zona centro encontra-se a (Cinzento) Rochas eruptivas, Traquilos e Latilos.


Tectónica
É muito visíveis filões, falhas e deslizamentos na Freguesia. A freguesia situa-se numa área sísmica marcada pela presença de estruturas tectónicas regionais e também pela presença dos sistemas vulcânicos das Furnas e Povoação.

Riscos Geológicos
Dos diversos riscos geológicos existentes destacam-se os movimentos de massas, as cheias e enxurradas e, finalmente, os riscos vulcânicos e sísmicos.

Movimentos de Massas
O território desenvolve-se no sector mais antigo na ilha de S. Miguel. Os movimentos de massa representam geomorfologicamente um dos principais processos activos que se encontram presentes na maior parte das taludes. As áreas de elevada cota, com declives acentuados, proporcionam extensos movimentos de massa, correspondente às enormes quantidades de material deslocado. Por outro lado a alteração geoquímica de importantes formações vulcânicas, ligadas a factores geocronológicos, permitem o aparecimento de algumas áreas geotecnicamente instáveis geralmente em vales apertados.

Cheias e Enxurradas
Ciclicamente, as Ilhas dos Açores são atingidas por cheias e enxurradas. As chuvas intensas, a acção Humana outros factores da natureza geodinâmica contribuem para o desencadear de situações de catástrofe. Em termos recentes, a área foi alvo de diversas cheias que afectam o território. A zona apresenta um perigo elevado de cheias e enxurradas que advêm dos factores de localização geográfica e de configuração topográfica do espaço, que promovem uma elevada precipitação, por vezes torrencial. As características particulares geomorfológicas dendríticas e encaixadas das redes de drenagem de características perenes ou torrenciais e as zonas de acondicionamento dos afluentes acumulam rapidamente grandes quantidades de água. O declive, a altitude das camadas, a vegetação, a cobertura dos solos, e a meteorização contribuem para o agravamento no desenvolvimento de torrentes.

Perigo e risco vulcânico e sísmico
Os sismos, para além de promoverem as conhecidas oscilações no terreno, poderão introduzir, de acordo com diversas características, a formação de movimentos de massa, liquefacção do terreno, avalanches, descontinuidades no terreno ao longo de falhas, tsunamis, cheias resultantes do colapso de taludes e fogos. A propagação das ondas sísmicas parece fazer-se principalmente ao longo das falhas, dos desligamentos e dos filões. A espessura dos depósitos piroclásticos no terreno aumenta a perigosidade, tal como a presença de depósitos aluvionares que poderão amplificar as ondas sísmicas através do fenómeno - “efeito de sítio”.

Uso do Solo
O sistema de Classificação de Capacidade de Uso do Solo é estabelecido com base na identificação das limitações permanentes do solo, ou seja das características do solo que em combinação com o clima execrem um efeito adverso na utilização dos solos. O sistema de Classificação de Capacidade de Uso, desenvolvido por Sampaio, Pinheiro & Madruga (1986), que consta no Quadro XXI , considera 7 classes de uso, em que a intensidade das limitações vai aumentando gradualmente da Classe I para a Classe VII. As primeiras Classes, de I a IV, compreendem os solos aráveis, ocupados por cobertos vegetais permanentes como as pastagens, as plantações florestais ou zonas de matos de vegetação natural.

Geomorfologia e Rede Hidrográfica


Pela análise da distribuição espacial das classes de capacidade de uso do solo na freguesia da Ribeira Quente (concelho Povoação), a partir da Figura

e do Quadro , é de realçar a ausência de solos aráveis (Classes I e IV), o que restringe os potenciais usos a práticas florestais muito pouco existentes face á reduzida capacidade de carga existente e obrigatoriamente valorizantes do ponto de vista ecológico e conservacionista. Porém, face aos valores relativos de ocupação do solo representados no Quadro acima pelas áreas de “Floresta de Produção”, podemos concluir que os usos estabelecidos excedem em larga escala a capacidade que o sistema biofísico tem de os suportar, aumentando assim drasticamente a probabilidade de ocorrência de catástrofes naturais (erosão acentuada, derrocadas e enxurradas, nomeadamente), sendo por essa razão aconselhada uma progressiva reconversão de ocupação do solo actualmente dominante por outra com impacte muito menor, como a plantação de espécies endémicas com carga adequada.

Ecologia
É protegida a zona norte da Ribeira Quente devido à Lagoa das Furnas por ser uma zona húmida onde à muita diversidade de Avifauna, Flora e Habitats.

(Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Ribeira_Quente)

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