A Ribeira Quente nasceu de forma identificada, por volta da segunda metade do século 17.
Mas, afinal, quem foram aqueles que formaram a comunidade sedentária deste lugar?
Qualquer tentativa para encontrar esta enigmática origem não pode passar além do campo das suposições, a não ser que, por mero atrevimento ou veleidade, alguém possa tirar algumas ilações daquilo que neste trabalho já foi dito.
O povo desta comunidade, posta de parte a faceta veraneante, surgiu pobre e viveu pobre no percurso da sua história agora largamente contada.
Se entrarmos no campo das suposições, baseando-nos em aparências físico-fisionómicas, podemos dizer que o segundo maior grupo étnico da Ribeira Quente, (os Regos) quer pelo seu moreno escuro, quer pelo seu comportamento e compleição, podiam ter tido algo a ver com os Sousas, Arrudas e Monteiros de Santa Maria; com os Botelhos e Bentos de Vila Franca e Povoação Velha, ou mesmo com os Resendes e Bentos do Faial da Terra.
Mas os PEIXOTOS DA RIBEIRA QUENTE, aquele imenso clã que sempre se identificou com o mar e só com o mar?...
Da compleição física entre o mediano e o alto, de temperamento arrebatado e de abarroada discussão que logo se tornava pacífica, era uma gente muito bonita, tanto homens como mulheres.
Com uma pele sardento-rosa-avermelhada, de olhos de um azul vivo e, muito demarcados de qualquer outro tipo de gente - como aquela que se fixou entre a Relva e a Bretanha, mas que nenhum historiador mencionou ou identificou para não ferir a susceptibilidade histórica - os Peixotos da Ribeira Quente eram prolíferos e bravos no mar.
As mulheres daquele clã eram uma espécie de mulheres guerreira, por vezes de altura desmarcada. Quer no trabalho doméstico, quer no do campo ou outros, pelo seu poder físico chamavam-nas de bestas de carga!
Fundamentalmente, os Peixotos da Ribeira Quente foram o protótipo perfeito de gente nórdica.
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