Erecto sobranceiramente na elevação da zona da Ponta da Albufeira, desde então passou a ser o maior e mais relevante edifício de sempre, da Ribeira Quente, de cujo seus filhos muito se orgulharam.
Como prova de reconhecimento e agradecimento de tão relevante empreendimento, porque o povo desta localidade sempre havia sido profundamente pobre, foi o então Bispo dos Açores D. Manuel Damasceno da Costa quem veio benzer e inaugurar esta nova Igreja de São Paulo.
Visto não haver outro caminho de acesso que não o velho "Caminho do Redondo", que era simplesmente um atalho, teve D. Manuel de ir primeiro à Vila da Povoação a fim de ali tomar um barco de pesca de boca aberta e a remos, da Ribeira Quente, que ali o foi buscar.
Para que não houvesse ofensas, ajuizadamente foi feito de pleno acordo um sorteio para ver a qual arrais caberia transportar tão ilustre chefe da Igreja nos Açores. Coube ao mestre de barco Manuel Linhares de Deus Abarrota tamanha honra.
Partindo este barco acompanhado de outros embandeirados, por volta das oito horas da manhã, uma hora depois chegava ao Porto Velho da Vila da Povoação, onde aguardaram Sua Excelência o Bispo D. Manuel.
À chegada do Bispo à praia, que era também o porto da Ribeira Quente, ali o esperavam todos os convidados e toda a população desta localidade, novos e velhos, os quais jamais até então tinham visto tão grande representante da Igreja.
Sob os acordes de uma banda de música das Furnas, desembarcou o Bispo D. Manuel que se foi paramentar numa casa daquele litoral, seguindo depois em procissão ao longo dessa praia (único caminho na altura). Depois subiu o íngreme caminho que o levou à igreja engalanada, onde se deu começo ao Auto da Igreja de São Paulo.
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